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A vida e obra de Bruckner são todas guiadas pela fé, inquebrantável, devota, que é a sua fonte maior. Na sua linguagem, a herança de Beethoven e Schubert mistura-se à de Wagner, sem, no entanto, fazê-la perder a originalidade. Fato é que, com isso, Bruckner acaba sendo adotado pela modernidade, que o alça a uma espécie de lugar paradigmático. O autor da Abertura em sol menor é, no entanto, relativamente diverso do compositor das extensas nove sinfonias. Sintético, quase clássico, é ainda a um jovem artista que se ouve (a despeito dos seus trinta e oito anos), anterior à Primeira Sinfonia, cuja herança beethoveniana é inquestionável. Em Linz, estudando com Otto Kitzler, Bruckner compõe, em 1862, suas quatro primeiras obras orquestrais. A obra seguinte, composta entre 1862 e 1863, ainda sob a orientação de Kitzler, foi a justamente a Abertura em sol menor. Publicada e estreada somente em 1921, em Kolsterneuburg, Áustria, sob a batuta de Franz Moissl, a obra sofreu algumas alterações a partir de sua concepção, sempre orientadas por Kitzler.