Segredo revelado

Fabio Mechetti, regente
Leticia Moreno, violino

|    Allegro

|    Vivace

WOLF-FERRARI
LALO
RACHMANINOV
O segredo de Susanna: Abertura
Sinfonia Espanhola, op. 21
Danças Sinfônicas, op. 45

Fabio Mechetti, regente

Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais desde a sua fundação, em 2008, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro. Construiu uma sólida carreira nos Estados Unidos, onde esteve quatorze anos à frente da Sinfônica de Jacksonville, foi regente titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane e conduz regularmente inúmeras orquestras. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela realizou concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Conduziu as principais orquestras brasileiras e também em países da Europa, Ásia, Oceania e das Américas. Em 2014, tornou-se o primeiro brasileiro a ser Diretor Musical de uma orquestra asiática, com a Filarmônica da Malásia. Mechetti venceu o Concurso de Regência Nicolai Malko e é Mestre em Composição e em Regência pela Juilliard School.

Espanhola de ascendência peruana, Leticia Moreno é uma violinista versátil, de carisma e força interpretativa marcantes. Presença constante nas grandes salas de concerto da Espanha, tem fortalecido seus laços com a América Latina, retornando toda temporada e se apresentando com as principais orquestras do continente. Ao redor do globo, Leticia apresentou-se também com orquestras de renome, como as filarmônicas de São Petersburgo, Belgrado, Helsinki e a Philarmonia, e as sinfônicas de Houston, Viena e a NHK, no Japão. Colaborou com maestros importantes como Zubin Mehta, Esa-Pekka Salonen, Paavo Järvi e Andrés Orozco-Estrada, entre outros. Suas gravações incluem um álbum dedicado ao estudo da música espanhola e uma interpretação do Concerto para violino nº 1 de Shostakovich, com condução de Yuri Temirkanov. Mais recentemente, gravou Piazzolla com a Filarmônica de Londres e estreou mundialmente o concerto Aurora, do compositor peruano Jimmy López Bellido.

Programa de Concerto

O segredo de Susanna: Abertura | WOLF-FERRARI

O segredo de Susanna é a ópera mais conhecida de Wolf-Ferrari e mostrou-se um sucesso de público desde sua estreia, em 1909. Escrita em um período em que o compositor estava profundamente interessado na estética cômica da opera buffa de seu país, a obra narra a história do Conde Gil, um homem apaixonado que, ao perceber um forte odor de tabaco na sua casa, passa a desconfiar que sua esposa Susanna está escondendo um grande segredo. Por ser curta, a obra funciona como um intermezzo em um único ato, registrando de imediato a vivacidade bufônica do gênero. Sua Abertura é alegre e radiante, uma expressão efusiva do espírito descomedidamente mediterrâneo de demonstrar felicidade.

Uma das obras mais conhecidas de Édouard Lalo, a popular Sinfonia Espanhola explora os ritmos ibéricos que, na época, representavam inovação ousada para a música francesa e uma reação efetiva à hegemonia da música germânica. A obra foi dedicada ao célebre violinista espanhol Pablo de Sarasate, que a estreou em Paris no dia 7 de fevereiro de 1875. Formalmente, a Sinfonia Espanhola aproxima-se muito de um concerto para violino e orquestra – apesar da ausência de cadências, as exigências ao intérprete são enormes e a peça integrou-se definitivamente ao repertório concertante dos violinistas. O título de sinfonia provavelmente procura enfatizar o importante papel da orquestra no conjunto da peça que, sob esse aspecto, lembra também a forma da sinfonia concertante. Por outro lado, o emprego insistente de ritmos espanhóis confere à partitura a feição de uma suíte de danças, reforçando seu charme festivo e a leveza de expressão que tanto marca o trabalho de Lalo.

A criação das Danças Sinfônicas permitiu a Sergei Rachmaninov um mergulho nas lembranças de sua antiga Rússia. Última de suas obras, elas são como um resumo de sua vida de compositor. De colorido orquestral ímpar, grande vitalidade rítmica e lirismo intenso, a partitura é plena de reminiscências dos cantos da Igreja Ortodoxa Russa e de citações de peças do próprio Rachmaninov, além de Rimsky-Korsakov, Stravinsky e vários outros. Sua concepção se deu em momento de extrema tensão na vida pessoal do compositor, que, embora vivesse nos Estados Unidos, afligia-se por sua filha mais nova, Tatiana, que permanecera na França. Com a invasão de 1940, sem notícias frequentes da filha, impossibilitado de voltar à Europa e prevendo que em breve a Rússia também seria invadida, Rachmaninov mergulhou em uma angústia profunda que seria canalizada para a composição das suas Danças Sinfônicas. A obra foi estreada em 3 janeiro de 1941 pela Orquestra da Filadélfia sob regência de Eugene Ormandy, a quem é dedicada.

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28 set 2023
quinta-feira, 20h30

Sala Minas Gerais

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