O arquivista da Filarmônica Jônatas Reis, atuante compositor e professor, foi premiado no concurso que celebra os 50 anos da International Tuba & Euphonium Association (ITEA) (Associação Internacional de Tuba e Eufônio), instituição localizada na cidade de Gilbert, nos Estados Unidos.

A obra “Sonata Brasileira para eufônio e piano” foi uma das três peças agraciadas com o prêmio e já começa a sua jornada com a publicação pela Cimarron Music (EUA), uma editora internacional que permitirá que a composição seja divulgada e disponibilizada por estudantes de eufônio do mundo todo. O caráter didático era um dos critérios do concurso, que tinha como um de seus objetivos criar repertório para solistas de eufônio, já que são poucas as obras escritas especialmente para esse instrumento. 

A ideia de compor para o eufônio veio por um pedido do tubista e eufonista da Filarmônica, Rafael Mendes, que apresentou a ITEA para Jônatas e encomendou uma obra para a tuba. Dessa proposta já surgiram três composições: a Sonata, que venceu o prêmio, o “Concertino duplo para tuba e eufônio”, que Jônatas também inscreveu no concurso, e a encomenda de Rafael. 

A “Sonata Brasileira para eufônio e piano” terá estreia na Conferência Internacional de Tuba e Eufônio (ITEC), que será realizada na Arizona State University, de 29 de maio a 3 de junho. Jônatas não poderá viajar para participar da cerimônia de premiação, mas já aguarda ansiosamente a estreia da obra na Sala Minas Gerais. A peça, que pode facilmente ser adaptada para fagote, instrumento que possui extensão semelhante à do eufônio, já está confirmada no repertório do recital de fim de ano da Academia Filarmônica, na qual ele é professor de Análise Musical.  

A obra é estruturada em três movimentos e explora sonoridades e ritmos característicos da música brasileira, como o Xote, o Choro, o Canto de Aboio e o Baião. As melodias apresentadas pelo eufônio são harmonizadas por um pianístico e virtuoso acompanhamento que, numa constante e dinâmica interação, ressalta ainda mais a beleza e a essência dos ritmos brasileiros.

Em 2015, Jônatas venceu o Festival Tinta Fresca, realizado pela Filarmônica, com a obra “Messiânicas Brasileiras nº 3 – Grande Sertão Exótico”.