12º Festival Tinta Fresca

José Soares, regente
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André Mehmari, jurado
Leonardo Martinelli, jurado
João Guilherme Ripper, jurado

|    Festival Tinta Fresca

I. MAIA
L. PIGARI
L. HAUCK
F. JACOB
W. LENTZ
J. CORRÊA
Contemplações
Sacro Sonoro
Íntima Odisseia
Noturno para orquestra
Fulgurações Cetíneas
Ainulindalë

José Soares, regente

Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2022, tendo sido seu Regente Assistente nas duas temporadas anteriores. Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio (2021), recebendo também o prêmio do público. Bacharel em Composição pela Universidade de São Paulo, iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou com o maestro Claudio Cruz e teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin. Foi orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich no Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Pelo Prêmio de Regência recebido no festival, atuou como regente assistente da Osesp na temporada 2018. José Soares foi aluno do Laboratório de Regência da Filarmônica e convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Dirigiu a Osesp, a New Japan Philharmonic, Sinfônica de Hiroshima e Filarmônica de Nagoya, no Japão. Em 2024, conduziu a Orquestra de Câmara de Curitiba, a Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina, retornou à Osesp e à Sinfônica Jovem de São Paulo, e tem concertos agendados com a Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro e a Sinfônica do Paraná, junto ao Balé do Teatro Guaíra.

Pianista, multi-instrumentista, produtor, arranjador e compositor, André Mehmari nasceu em Niterói (RJ), em 1977. Tornou-se um dos compositores mais requisitados de sua geração, com obras premiadas tanto no campo da música de concerto como no da música popular. Suas peças e arranjos foram executados por importantes orquestras e grupos de câmara, entre eles a Filarmônica de Minas Gerais, Osesp, OSB, Miami Symphony, Orchestre de Normandie e Quinteto Villa-Lobos. Como solista, criou duos elogiados com Antonio Meneses, Mário Laginha, Maria João, Hamilton de Holanda, Chico Pinheiro, Ná Ozzetti, Maria Bethânia e Mônica Salmaso, entre outros. Apresentou-se em diversos países e em palcos de renome internacional, como o Carnegie Hall e o Lincoln Center em Nova York, a Salle Gaveau em Paris e o Teatro Colón de Buenos Aires. Participou dos principais festivais de música brasileiros e apresentou-se nas maiores salas de concerto do país. Entre seus trabalhos recentes, estão a ópera O Machete, inspirada em um conto de Machado de Assis; a trilha sonora original para a série 3%, da Netflix; e o Concerto para violoncelo e orquestra, estreado em dezembro de 2023 pelo seu amigo Antonio Meneses com a nossa Filarmônica.

Natural de São Paulo (SP), Leonardo Martinelli é compositor, doutor em Música pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e professor da Faculdade Santa Marcelina. Realizou a base de sua formação musical na antiga Universidade Livre de Música (atual EMESP Tom Jobim) e graduou-se em Composição e Regência pelo Instituto de Artes da Unesp, onde também concluiu o seu mestrado. Entre 2014 e 2016, dirigiu os programas educacionais do Theatro Municipal de São Paulo, contribuindo com a criação dos projetos Opera Studio e Ateliê Contemporâneo. Atuou como docente na Escola Municipal de Música de São Paulo e na Academia da Osesp. Suas peças de câmara e para conjuntos sinfônicos têm sido apresentadas regularmente nos principais eventos de música contemporânea do Brasil e interpretadas por importantes orquestras, grupos de câmara e solistas em atividade no país e no exterior. É autor de quatro elogiadas óperas, sendo as mais recentes Navalha na Carne, baseada na peça de Plínio Marcos, e O canto do cisne, ambas estreadas em 2022. Seu Concerto para orquestra foi escrito especialmente em comemoração ao aniversário de 15 anos da Filarmônica, e estreado pela nossa Orquestra em março de 2023, na Sala Minas Gerais.

Compositor, professor e gestor cultural, João Guilherme Ripper nasceu no Rio de Janeiro. Graduou-se e concluiu o mestrado pela UFRJ, e obteve o grau de Doutor pela Catholic University of America, nos Estados Unidos. Foi diretor da Sala Cecília Meireles de 2004 a 2023, com exceção do período entre 2015 e 2017, quando assumiu o cargo de Presidente da Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro. É membro da Academia Brasileira de Música e, desde 1988, atua como professor na Escola de Música da UFRJ. Como compositor e regente, colabora frequentemente com grandes orquestras, teatros e festivais no Brasil e no exterior. Entre as composições recentes, destacam-se Fantasia Tarumã, Abertura Cartagena, Cinco poemas de Vinícius de Moraes e Jogos Sinfônicos, esta última encomendada pela Filarmônica de Minas Gerais. Reconhecido como um dos principais operistas brasileiros, Ripper é autor de Piedade, produzida no Teatro Colón de Buenos Aires, Theatro Municipal de São Paulo, Sala Cecília Meireles e Festival Amazonas de Ópera, entre outros; Cartas Portuguesas, monodrama produzido na Sala São Paulo, Fundação Gulbenkian de Lisboa e na Sala Minas Gerais, com a nossa Orquestra; e outros sucessos como Domitila, Anjo Negro e Candinho.

Programa de Concerto

Contemplações | I. MAIA

Natural de Campinas (SP), Igor Maia é compositor, regente e doutor em Composição pelo King’s College de Londres. Desde 2019, atua como professor adjunto de Composição na UFMG e, em 2023, foi contemplado com uma bolsa de estudos da Ernst Mach Grant na Anton Bruckner University, na Áustria. Atualmente, é compositor residente da Orquestra Sesiminas. Premiado em diversos concursos, suas obras foram apresentadas em festivais e concertos na Europa, Américas e Japão. Sua peça Contemplações é inspirada no hino medieval Jesus Christus, nostra salus (“Jesus Cristo, nosso Salvador”), atribuído a Jan z Jenstejna, e em um coral e um prelúdio coral de J. S. Bach. A obra percorre, de forma contemplativa, partes de uma catedral em quatro movimentos: “Entrada”, “Mosaico”, “Vitral” e “Coro”. Os três primeiros exploram técnicas de cânone, colagem e sobreposição para elaborar diferentes texturas, harmonias e cores, enquanto o último se apresenta como uma transcrição criativa do prelúdio coral.

Natural de Mariápolis (SP), Lucas Pigari graduou-se em Música pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP. Pela mesma instituição, formou-se também em Biblioteconomia e Ciência da Informação e, durante um período, atuou como bolsista de arquivo e edição musical da USP Filarmônica. Sua obra Sacro Sonoro tem origem em uma viagem que realizou a Minas Gerais pela universidade em 2019, quando teve contato, pela primeira vez, com a arquitetura sacra do barroco mineiro. Impressionado pela monumentalidade das igrejas matrizes visitadas em Prados, São João del-Rei e Tiradentes, Pigari compôs uma peça que buscasse expressar a beleza artística desses cenários e o impacto que lhe causaram. Nos últimos anos, suas composições foram finalistas em diversos concursos nacionais. Em 2023, Pigari conquistou o primeiro lugar do concurso de composição do festival Gramado in Concert.

Luiz Hauck formou-se em 2023 no curso de Composição da Escola de Música da UFMG. Seu trabalho é caracterizado por uma abordagem poliestilística, na qual se sobressai a forte influência de compositores russos e franceses, com destaque para as tradições da música sinfônica e sacra. Sua obra Íntima Odisseia tem estrutura e nome inspirados na Odisseia de Homero, poema épico escrito na Grécia Antiga. Assim como o protagonista Odisseu, que embarca em uma longa jornada de volta para casa, a peça começa em territórios desconhecidos, apresentando ideias musicais ainda imprecisas. À medida que a composição avança, tais ideias ganham clareza, em um percurso que reflete um processo de descoberta interior. Tal como no épico de Homero, a jornada desenhada pela Íntima Odisseia de Hauck representa um retorno íntimo a si mesmo, por isso o seu título.

Felipe Jacob formou-se no curso de Oceanografia em 2022 e, no ano seguinte, ingressou no Bacharelado em Violão da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). De caráter impressionista, o seu Noturno para orquestra retrata paisagens da natureza e narra uma breve história fantástica. Uma criatura desengonçada, que nem sempre acorda, finalmente se levanta. Após cenas ao entardecer, o corne inglês anuncia o seu despertar e, para a tristeza dos animais sonolentos, essa criatura adora dançar. Eis que um passarinho incomodado tem uma ideia: enlouquecer a criatura com uma grande festa para fazê-la dormir mais cedo. Escrita para grande orquestra, a obra busca expressar o carisma das personagens construindo uma atmosfera divertida e empolgante. Será a primeira peça de Jacob executada publicamente. Atualmente, o compositor trabalha em diversas partituras para conjuntos de câmara.

Natural de Curitiba (PR), Willian Lentz é compositor, regente e doutorando em Composição pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Formou-se pela Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e é mestre pela UFPR. Estudou regência na EMESP Tom Jobim, em São Paulo, e atualmente integra a Classe de Regência da Osesp. Participou de festivais no Brasil e no exterior e, há oito anos, atua como maestro e coordenador da Orquestra de Cordas da Fundação Solidariedade. Entre suas principais composições, estão a ópera A fome dos cães, a peça de câmara A Máquina Entreaberta e Ar Diamantinado, esta última premiada na Ucrânia. De inspiração lírica e sugestões eróticas, sua obra Fulgurações Cetíneas insinua o desejo de um êxtase crescente, que parte da ansiedade de uma “força suspensa” e culmina em uma erupção de sentimentos simultâneos – cólera, alegria, ânsia e esperança. 

Nascido em Belém (PA), José Corrêa iniciou seus estudos ao piano em 2017, com a professora Glória Caputo, e começou a compor em 2019. Ganhou o primeiro lugar no concurso de composição da Fundação Carlos Gomes em 2022, e, em 2023, teve seu primeiro quarteto de cordas estreado na 25º Bienal de Música Brasileira Contemporânea. Atualmente, Corrêa estuda na classe de composição do professor Sérgio Molina no Instituto Estadual Carlos Gomes (IECG). Sua peça Ainulindalë é um poema sinfônico baseado em uma das histórias do livro O Silmarillion, de J.R.R. Tolkien. Assim como a música descrita no texto que a inspira, a composição possui três temas principais. O primeiro tema é modal, sendo pouco a pouco distorcido por dissonâncias introduzidas pelo trompete. Já o segundo tema desenvolve o tonalismo, com as modulações sendo guiadas pelas dissonâncias, enquanto o terceiro tema traz técnicas pós-tonais, como politonalismo e uso livre do sistema axial de Bartók. 

30 out 2024
quarta-feira, 20h30

Sala Minas Gerais, com transmissão ao vivo pelo YouTube
Ingressos Transmissão

A distribuição online de ingressos se inicia dia 25 de outubro, às 12h.
🤟 Interpretação em Libras.

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