Fora de Série 4 (2025)

Fabio Mechetti, regente
Luisa Francesconi, mezzo-soprano

BARTÓK
BRAHMS / Schmeling
A. MEHMARI
FALLA
Danças folclóricas romenas, BB 76
Danças Húngaras nº 5 e nº 6
Suíte de danças reais e imaginárias
O chapéu de três pontas

Fabio Mechetti, regente

Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais desde a sua fundação, em 2008, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro. Construiu uma sólida carreira nos Estados Unidos, onde esteve quatorze anos à frente da Sinfônica de Jacksonville, foi regente titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane e conduz regularmente inúmeras orquestras. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela realizou concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Conduziu as principais orquestras brasileiras e também em países da Europa, Ásia, Oceania e das Américas. Em 2014, tornou-se o primeiro brasileiro a ser Diretor Musical de uma orquestra asiática, com a Filarmônica da Malásia. Mechetti venceu o Concurso de Regência Nicolai Malko e é Mestre em Composição e em Regência pela Juilliard School. Em 2024, realizará concertos com a Orquestra Petrobrás Sinfônica e a Sinfônica de Porto Alegre, além de retornar ao Teatro Colón, em Buenos Aires.

Eleita pela mídia especializada a melhor cantora lírica do país nos anos 2022 e 2018, Luisa Francesconi começou seus estudos em Brasília e aperfeiçoou-se com Rita Patané em Milão. Possui vasta experiência em palcos latino-americanos e europeus, tendo se apresentado na Itália, Portugal, Eslovênia, Argentina, México, Uruguai e nos mais importantes teatros e salas de concerto do Brasil. Interpretou mais de cinquenta personagens de ópera, entre eles as protagonistas em Carmen (Bizet) e Cinderela (Rossini), Rosina em O barbeiro de Sevilha (Rossini), Cherubino em As bodas de Fígaro (Mozart), Orfeu em Orfeu e Eurídice (Gluck), Charlotte em Werther (Massenet) e Octavian em O cavaleiro da rosa (R. Strauss). A estreia de Luisa com a Filarmônica aconteceu em 2016, quando realizamos a primeira ópera em concerto realizada na Sala Minas Gerais: Così fan tutte de Mozart. Desde então, foram várias colaborações, com destaque para o ciclo O fauno e a pastora de Stravinsky, em 2021.

Programa de Concerto

A Suíte de Danças Reais e Imaginárias foi composta sob encomenda da Osesp para o Segundo Concurso Internacional de Regência – Prêmio Osesp, realizado na Sala São Paulo em fevereiro de 2006. Mehmari descreve sua obra nos seguintes termos: “Partindo de um tema do compositor barroco inglês Henry Purcell (de Fairy Queen), criei uma suíte de danças bem contrastantes, mas sempre dialogando com o tema do prelúdio. Sillywalking foi inspirado num quadro homônimo do Monty Python’s Flying Circus. Gigavalsa, como o próprio nome diz, contém uma giga e uma valsa. Foi criada no auge da crise do mensalão, e o apito utilizado na orquestração representaria a tão esperada punição dos criminosos. Espera, Trégua e Catala seriam as tais danças imaginárias, inspiradas no universo fantástico dos cronopios e famas do escritor argentino Julio Cortázar. Maracastrava encontra uma ponte entre as síncopes stravinskianas e as do maracatu pernambucano. Neste movimento exploro o contraste do rústico com o polido. A Pavana é uma livre variação sobre o tema de Purcell, que leva à sua reexposição, no finale”.

Após a Primeira Guerra, o diretor dos Balés Russos, Sergei Diaghilev, propôs a Manuel de Falla uma obra tipicamente espanhola, à altura de suas produções mais famosas – entre elas, A Sagração da Primavera, de Stravinsky, que Falla conhecia de seus anos parisienses. Surge assim a versão definitiva de El sombrero de tres picos [O chapéu de três pontas], balé baseado na farsa popular do escritor Pedro de Alarcón, cujo enredo narra as desventuras de um velho corregedor, o homem do sombrero. Enamorado de Frasquita, bela e inocente moleira, esse juiz frequenta assiduamente o Moinho, lugar de encontro dos moradores da aldeia. O moleiro Lucas Fernandez mostra-se a princípio ciumento; mas, depois, se torna cúmplice da mulher, e o casal inventa peripécias burlescas para ridicularizar o corregedor. Na dança final, os solidários vizinhos agarram o velho galanteador e o jogam, como um boneco, para o alto. A estreia do balé foi em Londres, em julho de 1919, com cenários e figurinos de Picasso, coreografia do russo Massine e direção musical de Ernest Ansermet. Toda a obra respira humor e vitalidade, com citações irônicas de melodias populares e de autores consagrados. A orquestração é, ao mesmo tempo, suntuosa e refinada e, em dois momentos estratégicos, utiliza a voz de contralto com singular propriedade.

Quero ser lembrado deste concerto.
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