Concertos para a Juventude 1 (2025) – Contos de Heroínas

José Soares, regente

BEETHOVEN
VERDI
WAGNER
C. DOMENICI
GOLDSMITH
Abertura Leonora nº 3, op. 72b
Aída: Marcha Triunfal e Balé
Cavalgada das Valquírias
Abertura Anita Garibaldi
Mulan: Suíte

José Soares, regente

Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2022, tendo sido seu Regente Assistente nas duas temporadas anteriores. Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio (2021), recebendo também o prêmio do público. Bacharel em Composição pela Universidade de São Paulo, iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou com o maestro Claudio Cruz e teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin. Foi orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich no Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Pelo Prêmio de Regência recebido no festival, atuou como regente assistente da Osesp na temporada 2018. José Soares foi aluno do Laboratório de Regência da Filarmônica e convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Dirigiu a Osesp, a New Japan Philharmonic, Sinfônica de Hiroshima e Filarmônica de Nagoya, no Japão. Em 2024, conduziu a Orquestra de Câmara de Curitiba, a Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina, retornou à Osesp e à Sinfônica Jovem de São Paulo, e tem concertos agendados com a Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro e a Sinfônica do Paraná, junto ao Balé do Teatro Guaíra.

Programa de Concerto

Abertura Leonora nº 3, op. 72b | BEETHOVEN

A Abertura Leonora nº 3 foi composta para uma reapresentação da ópera Fidelio, em 1806. Inicia-se com um Adagio, rico em modulações, que introduz o Allegro seguinte, em forma de sonata com dois temas. O desenvolvimento inclui material referente às peripécias do drama, como a ária do prisioneiro Florestan e os toques imponentes dos trompetes que lhe anunciam a liberdade. Mas a Abertura possui autonomia – seu estilo sinfônico e a realização concisa e equilibrada garantiram-lhe, com justiça, a permanência nas salas de concerto.

Aida é a única montagem pertencente ao rol das grandes óperas a ter sua estreia em solo africano. Encomendada a Giuseppe Verdi pelo governador do Egito, por sugestão do arqueólogo Auguste Mariette, Aida conheceu o mundo em 24 de dezembro de 1871, no Teatro da Ópera do Cairo. O grandioso palco havia sido inaugurado dois anos antes, em celebração à abertura do Canal de Suez. Principal nome da ópera mundial havia pelo menos dez anos, Verdi não atravessou o Mediterrâneo para acompanhar a estreia. Mas sua mais importante ópera viajou não somente por aquele mar, mas por tantos outros – mares e oceanos – nos anos seguintes. Em dez anos, foi montada em mais de 150 palcos ao redor do globo. Atendendo ao pedido de algo com tamanha pompa e epicidade, o bastante para competir em popularidade com os trabalhos de Giacomo Meyerbeer, Verdi idealizou no segundo ato a dramática cena da marcha com o inimitável som do trompete. Um dos maiores monumentos de Aida, a Marcha triunfal e balé foi inspirada na tradição francesa da grand opéra.

Guerra do Vietnã, 1969. Quando o esquadrão de helicópteros do Tenente-Coronel Bill Kilgore sobrevoa o rio Nùng e ataca a vila de Vin Drin Dop, um posto importante para os vietcongues, é A cavalgada das Valquírias que escutamos. Apocalypse Now, o clássico de 1979 de Francis Ford Coppola, tem nessa obra de Wagner o que o editor Walter Murch chamou de “o coração musical” do filme. É de fato impossível pensar a sequência sem a força implacável e intensidade da música. A cavalgada das Valquírias talvez seja o trecho instrumental das óperas de Wagner mais explorado pela cultura pop em tempos recentes. Essa peça abre o terceiro ato de A Valquíria, segunda ópera da tetralogia O Anel do Nibelungo, constituída ainda por: O Ouro do Reno, Siegfried e O Crepúsculo dos Deuses. Composto entre 1848 e 1874, a saga épica d’O Anel é um marco na linguagem wagneriana e, consequentemente, toda a História da Música. Aí Wagner abraça definitivamente as propostas do que chama de “trabalho artístico do futuro”, no qual música, poesia e artes visuais deveriam se fundir numa única manifestação. Assim, Wagner toma por base para o enredo da história elementos da mitologia nórdica e germânica, cujo centro narrativo trata da luta pela posse de um anel mágico, forjado pelo anão Alberich, feito de ouro do Rio Reno. Em A Valquíria o drama gira em torno do desentendimento da valquíria Brünhilde com o pai Wotan, chefe dos deuses, quando ela hesita em obedecer a uma ordem do pai. Na mitologia wagneriana, as valquírias eram encarregadas de levar, em seus cavalos alados, as almas dos guerreiros mortos para o Walhalla.

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adicione à agenda 30/03/2025 11:00 AM America/Sao_Paulo Concertos para a Juventude 1 (2025) – Contos de Heroínas false DD/MM/YYYY
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