Presto e Veloce 1

Fabio Mechetti, regente
Pilar Policano, violino

|    Presto

|    Veloce

TCHAIKOVSKY
MOZART
RAVEL
RAVEL
Marcha Eslava, op. 31
Concerto para violino nº 5 em Lá maior, K. 219, “Turco”
Daphnis e Chloé: Suíte nº 1
Daphnis e Chloé: Suíte nº 2

Fabio Mechetti, regente

Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais desde a sua fundação, em 2008, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro. Construiu uma sólida carreira nos Estados Unidos, onde esteve quatorze anos à frente da Sinfônica de Jacksonville, foi regente titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane e conduz regularmente inúmeras orquestras. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela realizou concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Conduziu as principais orquestras brasileiras e também em países da Europa, Ásia, Oceania e das Américas. Em 2014, tornou-se o primeiro brasileiro a ser Diretor Musical de uma orquestra asiática, com a Filarmônica da Malásia. Mechetti venceu o Concurso de Regência Nicolai Malko e é Mestre em Composição e em Regência pela Juilliard School. Na Temporada 2024, apresentou-se com a Orquestra Petrobrás Sinfônica e retornou ao Teatro Colón, onde conduziu a Filarmônica de Buenos Aires.

A jovem violinista Pilar Policano tem despontado como um dos talentos mais promissores da novíssima geração de músicos da Argentina. Foi premiada em diversas competições no seu país, na América do Norte e na Europa, incluindo o Prêmio Principal no 5º Concurso Internacional Yankelevitch e o primeiro lugar no Concurso Internacional de São Petersburgo, ambos na Rússia. A mais recente conquista foi o Prêmio Arthur Waser 2025, em janeiro deste ano. Apesar da pouca idade, Pilar já se apresentou em algumas das salas de concerto mais renomadas do mundo, como o KKL Luzern (Suíça), o Die Glocke de Bremen (Alemanha) e o Teatro Colón de Buenos Aires. Colaborou com a Sinfônica de Lucerna, a Orquestra do Teatro Petruzzelli, a Sinfônica de Rádio e TV da Sérvia e a Filarmônica de Buenos Aires, entre outras grandes orquestras. Em 2023, foi convidada a tocar para o Papa Francisco em uma visita à Hungria. Nascida em 2007, em Buenos Aires, Pilar começou a praticar violino aos seis anos. Em 2022, mudou-se para Viena com a família para estudar sob supervisão de Boris Kuschnir na Kunst-Universität Graz. Desde 2021, sua carreira recebe apoio do Mozarteum Argentino. Seu instrumento é o Horacio Piñeiro New York 2013 “Lord Wilton” com um arco “Eugene Sartory”, ambos cedidos sob empréstimo pela Wolff Violins Viena. Este é o concerto de estreia de Pilar com a Filarmônica de Minas Gerais.

Programa de Concerto

Marcha Eslava, op. 31 | TCHAIKOVSKY

No fim do verão de 1876, Tchaikovsky recebeu uma encomenda de Nikolai Rubinstein para compor uma obra para um concerto de caridade em ajuda aos soldados russos vítimas da guerra entre Turquia e Sérvia. Mas aquele não havia sido um verão comum para Tchaikovsky. Deprimido, cansado e melancólico, o compositor havia deixado Moscou há algumas semanas para encontrar seu irmão Modest em Lyon, na França. No início daquele ano, Modest havia se tornado tutor de um garoto surdo-mudo de sete anos de idade, Kolya Konradi. Buscando um pouco de paz, partiram os três para Palavas-les-Flots, um balneário no sul do país. A viagem foi um desastre. Modest e a governanta que os acompanhava caíram doentes, e, de repente, Tchaikovsky se via frente à necessidade de cuidar de um garoto completamente dependente de sua ajuda. Todavia, a experiência despertou seu lado paterno. Sua gentileza, atenção e carinho para com Kolya fizeram surgir uma profunda amizade entre os dois. Tchaikovsky era um novo homem. Seus instintos paternais levaram-no a considerar, pela primeira vez na vida, a possibilidade de se casar e constituir uma família. Os fatos culminariam, no ano seguinte, em um dos momentos mais desastrosos da biografia do compositor: um colapso nervoso após o desfecho de um casamento infeliz que durou apenas seis semanas. Foi em meio à inquietação da busca delirante de Tchaikovsky por uma mulher ideal, aquela que lhe traria paz de espírito e o livraria dos tormentos de sua vida cotidiana, que chegou a encomenda de Rubinstein. Apesar de toda aflição, Tchaikovsky encontrou inspiração para compor uma música forte e brilhante. Seu incrível talento e profissionalismo permitiram-lhe finalizar a partitura da obra em apenas cinco dias. A Marcha Eslava foi escrita em outubro de 1876 e estreada com imenso sucesso no concerto beneficente de Rubinstein, em 17 de novembro do mesmo ano.   Texto adaptado de nota de programa de Guilherme Nascimento.  Leia mais em fil.mg/obras-e-compositores

Depois de mais de uma década viajando constantemente com a família para exibir seus prodigiosos talentos musicais diante de algumas das figuras mais abastadas e influentes da nobreza europeia, o jovem Mozart retorna a Salzburgo, onde assume um cargo na corte de Hieronymus von Colloredo, recentemente nomeado Príncipe-Arcebispo local. O ano era 1773, e Mozart, então com 17 anos, já era um pianista e compositor respeitado, especialmente em sua cidade natal. Entretanto, as preferências culturais da corte de Colloredo e os frequentes desentendimentos entre o governante e seu pai – Leopold acusava Colloredo de favorecer músicos italianos em detrimento dos artistas locais – logo começaram a lhe deixar insatisfeito.   Ainda assim, Mozart permaneceu em Salzburgo até 1777, compondo sem grande entusiasmo as obras sacras que o cargo lhe exigia, dedicando-se com mais afinco à música instrumental que verdadeiramente lhe interessava ou que lhe comissionavam por fora. Seus cinco concertos para violino solo datam desse período, sendo todos (com exceção do Primeiro, K. 207) compostos no ano de 1775.   Apesar de seguirem a tradicional estrutura de dois movimentos rápidos intercalados por um movimento lento, os concertos já antecipam alguns elementos de surpresa e contrastes emotivos que marcariam a produção de Mozart nos anos seguintes, onde viveu em Mannheim e Paris. No concerto K. 219 em Lá maior, podemos observar esses índices na poética entrada do solista no primeiro movimento, em um inesperado adágio que paira sobre o silêncio da orquestra antes de se desenvolver no Allegro. O segundo movimento, um Adágio propriamente dito, oferece um bonito contraste com as seções rápidas. Já o movimento final se destaca pelos trechos vigorosos, quase marciais, que dão nome ao concerto, inspirados naquilo que os europeus do século XVIII chamavam estereotipadamente de “música turca”.   Texto por Igor Lage.

Em 1909, Sergei Diaghilev encomendou a Ravel um balé sobre a história de Daphnis e Chloé. Instigado pela proposta, o francês começou a trabalhar na obra imediatamente, participando da elaboração do argumento juntamente com Michel Fokine, coreógrafo dos Ballets Russes. A partitura para piano ficou pronta em maio de 1910, mas a orquestração só seria finalizada no dia 5 de abril de 1912, dois meses antes da estreia. Escrito por volta do século II e de autoria atribuída a Longo (ou Longus), de quem pouco se sabe a respeito, Daphnis e Chloé narra o amor e as aventuras de dois jovens que, ainda muito pequenos, foram abandonados pelos respectivos pais em uma vila de pastores na ilha de Lesbos. À medida que cresciam, apaixonavam-se um pelo outro, sem compreenderem o significado do amor que sentiam. Em um dia de festa, Chloé é sequestrada por piratas, e Daphnis reza em prantos para que ela retorne com vida. O deus Pan o ajuda e resgata Chloé. Todos comemoram seu regresso em uma grande festa, e os dois podem finalmente se casar. Dividido em três partes, o balé Daphnis e Chloé emprega a maior orquestra já utilizada por Ravel. Seu papel é imprescindível, não apenas interpretando as cenas como dando suporte à dança: é ela a responsável por garantir a clareza das passagens, em um balé cuja ação é extremamente complexa. As cordas sustentam o edifício musical, tocando constantemente em divisi, permitindo uma maior liberdade às madeiras para interpretar as sutilezas dos personagens. A primeira apresentação, no dia 8 de junho de 1912, no Théâtre du Châtelet, em Paris, foi um sucesso e ajudou a estabelecer a reputação de Ravel como um dos principais compositores franceses da época. Em 1911, antes de terminar a orquestração do balé, Ravel extraiu uma primeira suíte de concerto da música que havia composto até aquele momento. Após a estreia do balé integral, Ravel trabalhou na Suíte nº 2, que só seria estreada em 1913. Texto adaptado de nota de programa de Guilherme Nascimento. Leia mais em fil.mg/obras-e-compositores

Em 1909, Sergei Diaghilev encomendou a Ravel um balé sobre a história de Daphnis e Chloé. Instigado pela proposta, o francês começou a trabalhar na obra imediatamente, participando da elaboração do argumento juntamente com Michel Fokine, coreógrafo dos Ballets Russes. A partitura para piano ficou pronta em maio de 1910, mas a orquestração só seria finalizada no dia 5 de abril de 1912, dois meses antes da estreia.   Escrito por volta do século II e de autoria atribuída a Longo (ou Longus), de quem pouco se sabe a respeito, Daphnis e Chloé narra o amor e as aventuras de dois jovens que, ainda muito pequenos, foram abandonados pelos respectivos pais em uma vila de pastores na ilha de Lesbos. À medida que cresciam, apaixonavam-se um pelo outro, sem compreenderem o significado do amor que sentiam. Em um dia de festa, Chloé é sequestrada por piratas, e Daphnis reza em prantos para que ela retorne com vida. O deus Pan o ajuda e resgata Chloé. Todos comemoram seu regresso em uma grande festa, e os dois podem finalmente se casar.   Dividido em três partes, o balé Daphnis e Chloé emprega a maior orquestra já utilizada por Ravel. Seu papel é imprescindível, não apenas interpretando as cenas como dando suporte à dança: é ela a responsável por garantir a clareza das passagens, em um balé cuja ação é extremamente complexa. As cordas sustentam o edifício musical, tocando constantemente em divisi, permitindo uma maior liberdade às madeiras para interpretar as sutilezas dos personagens.   A primeira apresentação, no dia 8 de junho de 1912, no Théâtre du Châtelet, em Paris, foi um sucesso e ajudou a estabelecer a reputação de Ravel como um dos principais compositores franceses da época. Em 1911, antes de terminar a orquestração do balé, Ravel extraiu uma primeira suíte de concerto da música que havia composto até aquele momento. Após a estreia do balé integral, Ravel trabalhou na Suíte nº 2, que só seria estreada em 1913.   Texto adaptado de nota de programa de Guilherme Nascimento. Leia mais em fil.mg/obras-e-compositores  

13 mar 2025
quinta-feira, 20h30

Sala Minas Gerais

14 mar 2025
sexta-feira, 20h30

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