A genialidade inquieta de Richard Strauss

Fabio Mechetti, regente
Camila Provenzale, soprano

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R. STRAUSS
R. STRAUSS
R. STRAUSS
Morte e transfiguração, op. 24
Quatro Últimas Canções
O cavaleiro da rosa, op. 59: Suíte

Fabio Mechetti, regente

Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais desde a sua fundação, em 2008, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro. Construiu uma sólida carreira nos Estados Unidos, onde esteve quatorze anos à frente da Sinfônica de Jacksonville, foi regente titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane e conduz regularmente inúmeras orquestras. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela realizou concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Conduziu as principais orquestras brasileiras e também em países da Europa, Ásia, Oceania e das Américas. Em 2014, tornou-se o primeiro brasileiro a ser Diretor Musical de uma orquestra asiática, com a Filarmônica da Malásia. Mechetti venceu o Concurso de Regência Nicolai Malko e é Mestre em Composição e em Regência pela Juilliard School. Em 2024, realizará concertos com a Orquestra Petrobrás Sinfônica e a Sinfônica de Porto Alegre, além de retornar ao Teatro Colón, em Buenos Aires.

Camila Provenzale é uma das principais sopranos de música brasileira hoje, com carreira consolidada no país e em ascensão no exterior, especialmente na Europa. Nascida em São Paulo e residente em Zurique, tem cantado com grandes orquestras e se apresentado em importantes salas de concertos e casas de ópera pelo mundo, entre elas a Ópera de Toulon, o Teatro de Champs-Élysées e o Teatro Real em Madri. No cenário operístico internacional, Camila recebeu elogios da crítica especializada pelos papéis de Micaela (Carmen, de Bizet), Condessa de Almaviva (As bodas de Fígaro, de Mozart), Donna Anna (Don Giovanni, de Mozart) e a protagonista Hanna Glawari (A viúva alegre, de Lehár). A soprano também é reconhecida por sua musicalidade singular no repertório sinfônico, colocando sua voz a serviço tanto de clássicos consagrados como de peças contemporâneas. Em 2018 e 2019, acompanhou o tenor Plácido Domingo em uma série de concertos. É vencedora do Concurso Internacional de Canto Neue Stimmen (Alemanha), do Concurso Paris Opera (França) e primeiro prêmio no Concurso Maria Callas (Brasil). Camila se apresenta frequentemente com a nossa Orquestra, tendo se tornado uma de nossas principais vozes colaboradoras.

Programa de Concerto

Morte e transfiguração, op. 24 | R. STRAUSS

O poema sinfônico Morte e transfiguração, op. 24 foi escrito entre 1888 e 1889. Até esse momento, os conhecimentos musicais de Richard Strauss eram estritamente clássicos. Nas palavras do compositor: “eu cresci apenas com Haydn, Mozart e Beethoven, e cheguei até Brahms através da música de Mendelssohn, Chopin e Schumann”. Só em 1885 ele foi apresentado às obras de Liszt e Wagner e à doutrina de Schopenhauer, pelo compositor Alexander Ritter. Morte e transfiguração busca revelar, através da música, os últimos momentos de vida de um artista, sua batalha para manter-se vivo, suas lembranças e sua chegada ao outro mundo. Uma vez pronta a obra, Strauss pediu a Ritter que escrevesse um poema explicitando as ideias que tinham inspirado a composição. O poema, que deveria ser impresso junto à partitura, serviria como uma espécie de guia para o ouvinte. Strauss regeu a primeira audição no dia 21 de junho de 1890, no Festival de Eisenach. A apresentação apenas confirmou a carreira de sucesso do compositor, que se iniciara dois anos antes, com Don Juan.

Antes de O cavaleiro da rosa, Richard Strauss havia composto outras duas óperas de grande sucesso, Salomé (1905) e Elektra (1909), ambas chocantes para o mundo da ópera, com seus temas desconcertantes e sua linguagem musical moderna e extremamente complexa para a época. Portanto, não foram poucos os que se surpreenderam quando Strauss apresentou sua nova criação, O cavaleiro da rosa, em 1911: uma ópera cômica, recheada de situações burlescas e inverossímeis, cuja música se apoia, principalmente, na valsa. A guinada no estilo talvez se explique pela vida próspera que Strauss passou a ter após o sucesso de Salomé e Elektra. Com Salomé ele havia se tornado não apenas o mais famoso compositor vivo, como o mais rico de todos. Com o que recebia de direitos autorais, pôde realizar seu sonho de viver apenas para compor, embora fosse sempre solicitado a reger orquestras por toda a Alemanha. O cavaleiro da rosa foi escrita em sua nova vila aos pés dos Alpes, na bucólica cidade de Garmisch-Partenkirchen. Na tranquilidade de sua sala de estudos, em uma grande mesa de carvalho, com vista para as montanhas, Strauss frequentemente dizia: “chegou a hora de escrever uma ópera mozartiana”. Era o fim dos anos de penúria, e o grande compositor, agora com quarenta e cinco anos, mudava radicalmente de estilo. Desde a estreia, vários trechos da ópera foram apresentados em concerto. O próprio Strauss arranjou suas sequências favoritas de valsas para serem apresentadas isoladamente. No entanto, a versão de concerto mais conhecida foi realizada nos Estados Unidos, em 1944, provavelmente pelo polonês Artur Rodziński, regente da Orquestra Filarmônica de Nova York (embora seu filho, Richard Rodziński, afirme que o arranjador da Suíte foi Leonard Bernstein, regente assistente de seu pai, à época).

12 dez 2024
quinta-feira, 20h30

Sala Minas Gerais, com transmissão ao vivo pelo YouTube

13 dez 2024
sexta-feira, 20h30

Sala Minas Gerais
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adicione à agenda 12/12/2024 8:30 PM America/Sao_Paulo A genialidade inquieta de Richard Strauss false DD/MM/YYYY
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