Encantos da juventude

José Soares, regente
Geneva Lewis, violino

|    Allegro

|    Vivace

FAURÉ
R. STRAUSS
BORODIN
Pelléas e Mélisande, op. 80: Suíte
Concerto para violino em ré menor, op. 8
Sinfonia n° 2 em si menor

José Soares, regente

Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2022, tendo sido seu Regente Assistente nas duas temporadas anteriores. Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio (Tokyo International Music Competition for Conducting 2021), recebendo também o prêmio do público. Bacharel em Composição pela Universidade de São Paulo, iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou com o maestro Claudio Cruz e teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin. Foi orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich no Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Pelo Prêmio de Regência recebido no festival, atuou como regente assistente da Osesp na temporada 2018. José Soares foi aluno do Laboratório de Regência da Filarmônica e convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Em 2023, estreia como convidado da Osesp e de orquestras no Japão.

Programa de Concerto

Pelléas e Mélisande, op. 80: Suíte | FAURÉ

A peça Pelléas e Mélisande do escritor simbolista belga Maurice Maeterlinck, desde sua estreia em Paris em 1893, motivou a criação de importantes obras musicais. Sibelius, Debussy e Schoenberg se debruçaram sobre a história do amor impossível entre os personagens do título, mas Gabriel Fauré antecedeu a todos eles, quando aceitou em 1898 escrever a música incidental para a apresentação inglesa do drama. Pressionado pelo prazo de um mês e meio para elaborar a partitura, o compositor acrescentou ao novo trabalho a Siciliana, peça para violoncelo e piano que havia escrito para a encenação de O Burguês Fidalgo de Molière. E confiou a orquestração – afazer que sempre achou muito árduo – a seu aluno Charles Koechlin. Após o sucesso dessa estreia londrina, Fauré filtrou da música de cena uma suíte de quatro peças que ele próprio reorquestrou para formação sinfônica mais ampla. O resultado é uma música que captura com sagacidade a atmosfera misteriosa e ambígua do drama de Maeterlinck.

Alexander Borodin, músico de inspiração requintada, sempre se considerou químico de profissão, ligado a célebres cientistas, como Mendeleief. Daí o reduzido catálogo de sua obra musical. O folclore de colorido semioriental da região do Cáucaso marcou profundamente a sensibilidade do compositor que, desde criança, demonstrara grande interesse pela música. A amizade com Mussorgsky (músico originalíssimo, de inspiração intrinsecamente russa) e o casamento com a pianista Ekaterina Protopopova (grande intérprete de Chopin, Schumann e Liszt) foram fatores decisivos para o amadurecimento de seu estilo. Como cientista e músico, afeito às dualidades, Borodin soube conciliar em sua obra as tradições musicais da antiga Rússia com as contribuições do Romantismo ocidental. O processo conduziu-o a um resultado inteiramente novo. O reconhecimento internacional se impôs pelas mãos de Liszt, que, sempre atento às inovações e à revelação de talentos desconhecidos, dirigiu a Segunda Sinfonia de Borodin em Baden-Baden, em 1880. Toda a obra reflete o anseio teatral do autor e oferece numerosas semelhanças com trechos de sua ópera O Príncipe Igor, inspirada em lendas medievais russas. A animação fervilhante do quarto movimento evoca as danças e cânticos festivos de bravos guerreiros comemorando a vitória, junto ao tumulto da alegre multidão.

26 set 2024
quinta-feira, 20h30

Sala Minas Gerais

27 set 2024
sexta-feira, 20h30

Sala Minas Gerais
Quero ser lembrado deste concerto.
adicione à agenda 26/09/2024 8:30 PM America/Sao_Paulo Encantos da juventude false DD/MM/YYYY
Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30 1 2 3 4 5