Música de Cinema

José Soares, regente

|    Especial

J. WILLIAMS
TCHAIKOVSKY
VILLA-LOBOS
MORRICONE
J. WILLIAMS
ROTA
L. SCHIFRIN
DUKAS
J. WILLIAMS
MORRICONE
J. WILLIAMS
J. WILLIAMS
O Parque dos Dinossauros
O Quebra-nozes, op; 71: Valsa das Flores
Floresta do Amazonas: Melodia Sentimental
Oboé de Gabriel
Indiana Jones: Tema
O Poderoso Chefão: Tema
Missão Impossível
Aprendiz de Feiticeiro
Harry Potter: Tema de Edwiges
Cinema Paradiso
E.T.: Aventuras na Terra
Guerra nas Estrelas: Tema

José Soares, regente

Natural de São Paulo, José Soares é Regente Associado da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde 2022, tendo sido seu Regente Assistente nas duas temporadas anteriores. Venceu o 19º Concurso Internacional de Regência de Tóquio (2021), recebendo também o prêmio do público. Bacharel em Composição pela Universidade de São Paulo, iniciou-se na música com sua mãe, Ana Yara Campos. Estudou com o maestro Claudio Cruz e teve aulas com Paavo Järvi, Neëme Järvi, Kristjan Järvi e Leonid Grin. Foi orientado por Marin Alsop, Arvo Volmer, Giancarlo Guerrero e Alexander Libreich no Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Pelo Prêmio de Regência recebido no festival, atuou como regente assistente da Osesp na temporada 2018. José Soares foi aluno do Laboratório de Regência da Filarmônica e convidado pelo maestro Fabio Mechetti a reger um dos Concertos para a Juventude da temporada 2019. Dirigiu a Osesp, a New Japan Philharmonic, Sinfônica de Hiroshima e Filarmônica de Nagoya, no Japão. Em 2024, conduziu a Orquestra de Câmara de Curitiba, a Sinfônica da Universidade Estadual de Londrina, retornou à Osesp e à Sinfônica Jovem de São Paulo, e tem concertos agendados com a Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro e a Sinfônica do Paraná, junto ao Balé do Teatro Guaíra.

Programa de Concerto

Tchaikovsky foi um verdadeiro Midas ao compor seu balé O Quebra-nozes. As melodias que criou estão entre as mais memoráveis do mundo da música, como a Dança Russa, a Marcha, a Dança das fadas açucaradas e, claro, a Valsa das Flores. A Valsa está no segundo ato do balé; nela escutamos a harpa brilhar, seguida pela trompa introduzindo o tema principal, passando depois para as cordas em uma melodia arrebatadora e extremamente cativante.

“A grande arte é a própria Natureza”, dizia Heitor Villa-Lobos. Além dos elementos naturais, ele soube captar toda a gama de influências folclóricas e populares de nossa cultura e aplicá-las em sua música. Na década de 1950, compôs Erosão, baseada em lenda sobre a origem do rio Amazonas; Alvorada na floresta tropicalRudá, Deus do Amor, contando a história das Américas pré-colombianas e a Sinfonia “Ameríndia”, um oratório sobre versos do Padre José de Anchieta. Sua última composição inspirada nessa “terra extensa, generosa e quente” foi a trilha sonora para o filme Green Mansions [A flor que não morreu] de 1958, no qual a atriz Audrey Hepburn interpreta uma menina da selva. Um ano antes de sua morte, a versão para concerto desta trilha foi rebatizada de Floresta do Amazonas.

Quando aceitou realizar a trilha musical de O Poderoso Chefão, Nino Rota já era reverenciado pela inconfundível sonoridade dos filmes de Federico Fellini. Entre as cerca de 150 criações do compositor, estão colaborações com diretores italianos, franceses, americanos, alemães e soviéticos. Já o diretor contratado para dar a luz a O Poderoso Chefão, Francis Ford Coppola, era um novato no cinema. Quando o estúdio começou a desenvolver o filme, os executivos pensavam em entregar a trilha sonora a Henry Mancini, mas Coppola já estava com os olhos (e ouvidos) em Nino Rota, que não se impressionou com o convite. O único feito de Coppola até o momento (um Oscar de Melhor Roteiro Original pelo filme Patton, de 1970) não convenceu o compositor italiano de que assumir a trilha d’O Poderoso Chefão seria uma oportunidade imperdível. As condições estabelecidas por Rota teriam feito qualquer um desistir de contratá-lo: ele não iria compor antes da conclusão do filme; não viajaria até os Estados Unidos para trabalhar na trilha; e um outro músico seria contratado para conduzir a orquestra nas sessões para sincronizar música e imagens. Para a surpresa de Nino Rota, Coppola aceitou suas escandalosas exigências - e o resultado é uma das mais aclamadas trilhas musicais para o cinema.

Como compositor, Paul Dukas deixou-nos poucos números de opus, frutos raros de prolongada meditação. Uma autocrítica impiedosa, quase paralisante, levou-o a destruir a maior parte de suas partiras e explica a brevidade de seu catálogo. Entretanto, a solidez formal, a clareza de orquestração e a lógica cartesiana que dominam suas obras as tornam profundamente representativas do espírito francês. Decidido a compor um poema sinfônico, Dukas escolheu, como programa literário, a balada de Goethe Der Zauberlehrling, escrita em forma de monólogo: — “Enfim o velho mestre se ausentou! Agora vou eu também conduzir os Espíritos!”. O aprendiz pronuncia a fórmula mágica, ordenando à vassoura que vá ao rio buscar água e lave a casa. Mas ele esqueceu a palavra para interromper o trabalho da vassoura e a água ameaça fazer submergir a casa. Com a volta do Mestre Feiticeiro, tudo termina bem. Composta em 1897, a obra ganhou o título de L’Apprenti sorcier – Scherzo Symphonique d’après une ballade de Goethe [O Aprendiz de Feiticeiro – Scherzo Sinfônico para uma balada de Goethe].

Tubarão (1975), Contatos imediatos de terceiro grau (1977), Guerra nas estrelas... É longa a lista de colaborações de John Williams com diretores como Steven Spielberg e George Lucas. Mais do que trilhas que acompanham a cena, algumas de suas composições são parte fundamental do enredo destes filmes, começando na simplicidade das duas notas de Tubarão e chegando até a inesquecível melodia que abre todos os Guerra nas estrelas. Seu longo currículo fala por si. Williams criou mais de cem trilhas originais em quase cinquenta anos de carreira. Alguns deles, como E.T. – O extraterrestre, são exemplos de como o trabalho de compositor e diretor se atravessam. Nas suas próprias palavras, “eu escrevi a música matematicamente, para coincidir com todos os acontecimentos. Quando executamos com a orquestra, e eu tinha o filme na minha frente, eu... nunca conseguia uma gravação perfeita, que soasse correta musical e emocionalmente. (...) E ele [Steven Spielberg] disse, ‘por que você não tira o filme? Não olhe para ele. Esqueça o filme e conduza a orquestra da maneira como você gostaria de fazer em um concerto, para que a performance seja completamente livre de medidas e considerações matemáticas’. Assim eu fiz e todos concordamos que a música soava melhor”.

John Williams, em sua trilha original para Guerra nas Estrelas, nos transporta para uma galáxia muito distante e faz da música um elemento essencial da narrativa nesta ópera espacial imaginada por George Lucas. A Força definitivamente está com o compositor!

6 jun 2024
quinta-feira, 20h30

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