Promenade à la francesa

Fabio Mechetti, regente
Jonathan Fournel, piano

|    Allegro

|    Vivace

BOULANGER
RAVEL
BERLIOZ
DEBUSSY
D’un matin de printemps
Concerto para a mão esquerda em Ré maior
Rob Roy
La Mer

Fabio Mechetti, regente

Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais desde a sua fundação, em 2008, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro. Construiu uma sólida carreira nos Estados Unidos, onde esteve quatorze anos à frente da Sinfônica de Jacksonville, foi regente titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane e conduz regularmente inúmeras orquestras. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela realizou concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Conduziu as principais orquestras brasileiras e também em países da Europa, Ásia, Oceania e das Américas. Em 2014, tornou-se o primeiro brasileiro a ser Diretor Musical de uma orquestra asiática, com a Filarmônica da Malásia. Mechetti venceu o Concurso de Regência Nicolai Malko e é Mestre em Composição e em Regência pela Juilliard School.

Vencedor do Concurso Rainha Elisabeth da Bélgica em 2021, Jonathan Fournel estudou na Hochschule für Musik em Saarbrücken (Alemanha) com Robert Leonardy, e no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris, onde foi aluno de Bruno Rigutto, Brigitte Engerer, Claire Désert e Michel Dalberto. Desde 2016, Jonathan Fournel é artista residente na Queen Elisabeth Music Chapel, na Bélgica, sob a orientação de Louis Lortie e Avo Kouyoumdjian. Jonathan obteve o primeiro lugar no Concurso Internacional de Piano Gian Battista Viotti e na Competição Internacional de Piano da Escócia. Ele se apresentou com a Orquestra Nacional de Lorraine, a Orquestra de Rádio e Televisão em Zagreb, a Orquestra Sinfônica de Jiangsu, a Orquestra Real de Câmara de Wallonie, Orquestra Sinfônica de Dubrovnik, Sinfonia Varsovia e a Orquestra Nacional Real da Escócia.

Programa de Concerto

No Concerto para a mão esquerda em Ré maior, os vestígios da Primeira Grande Guerra irrompem como um brado de superação. A obra foi encomendada pelo pianista austríaco Paul Wittgenstein, cujo braço direito fora amputado durante a Guerra. Entretanto, malgrado as circunstâncias que envolvem sua concepção, o Concerto não deixa escapar, diante das vicissitudes, o menor sinal de limitação. Não há concessões, é uma obra densa e virtuosística: diante de um numeroso efetivo instrumental, o piano ora dialoga, ora deixa que outras vozes cantem, ou ainda se contrapõe, com vigor, às investidas do tutti orquestral. Além disso, em duas cadências, o piano, a sós, comenta e expande a expressividade de temas que circulam pela partitura – com vigor e dramaticidade, na cadência após a seção introdutória e, quase ao final do concerto, com delicadeza e intimismo. O Ravel compositor do Bolero, ou de La Valse, pode levar a esquecer o Ravel compositor de um importante catálogo de obras pianísticas. No Concerto para a mão esquerda, ambos nos oferecem, com essa pedra de toque do repertório para piano e orquestra, a experiência de um interesse continuamente renovado.

Entre 1904 e 1905, Debussy elabora ou conclui algumas de suas obras mais importantes, entre elas a orquestral La mer. No plano pessoal, porém, ele passa por um momento turbulento: em junho de 1904, abandona sua esposa Lily, com quem estava casado havia cinco anos, e passa a viver com a cantora Emma Bardac. Em razão disso, Lily tenta o suicídio em outubro. Foi um escândalo social. Todavia, Debussy e Emma continuam juntos, obtêm os respectivos divórcios e passam a habitar uma bela mansão em Paris. No outono de 1905, nasce a única filha do casal, Claude-Emma, a quem Debussy chamava carinhosamente Chouchou. Nesse mesmo outono é estreada La mer, cuja composição fora iniciada dois anos antes. A obra não foi bem recebida – nem tampouco as outras da mesma safra –, talvez muito em função do escândalo de seu rompimento com Lily e de sua união com Emma. No entanto, trata-se de uma peça fundamental na linguagem debussyana, e uma das mais significativas do nosso tempo. Aqui, o compositor francês deixa de vez de se interessar pela dureza da tonalidade. Interessa-lhe muito mais a fluidez sempre cambiante que observa no mar, e que transpõe para o plano sonoro, reinventando com aguda personalidade a música e a linguagem musical.

11 jul 2024
quinta-feira, 20h30

Sala Minas Gerais

12 jul 2024
sexta-feira, 20h30

Sala Minas Gerais
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