Seu navegador não suporta o player de áudio, atualize seu navegador ou
acesse por outro dispositivo.
Em 1880, ainda longe de suceder Verdi como o nome mais importante da ópera italiana em seu tempo, o jovem e promissor Giacomo Puccini, então com 22 anos, ingressa no famoso Conservatório de Milão para dar continuidade aos seus estudos em composição. Sua primeira ópera, Le Villi (As Fadas), só viria a estrear quatro anos mais tarde, e seu primeiro grande sucesso, Manon Lescaut, apenas em 1893. Por ter nascido em uma família de compositores especialistas em música sacra, a maioria das criações de Puccini até ali prezava pela verve religiosa, mas a chegada ao conservatório marca um ponto de virada. Finalizado nesses anos de estudante, o Prelúdio Sinfônico (bem como o Capricho Sinfônico, escrito na mesma época) chama a atenção pela clara influência wagneriana – de fato, como muitos críticos apontam, sua abertura lembra fortemente o prelúdio de Lohengrin. Entretanto, também encontramos aqui elementos que se tornariam assinaturas da música de Puccini nas décadas seguintes, especialmente o uso de cadências. Apresentado pela primeira vez em um concerto de estudantes em 1892, o Prelúdio é aberto com instrumentos de sopro, logo acompanhados por cordas que, gradualmente, se encaminham para um clímax, concluindo em um fechamento suave.