O lirismo do violino em Beethoven

Fabio Mechetti, regente
Vadim Gluzman, violino

|    Allegro

|    Vivace

SMETANA
BRAHMS
BEETHOVEN
O Moldávia
Sinfonia nº 3 em Fá maior, op. 90
Concerto para violino em Ré maior, op. 61

Fabio Mechetti, regente

Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Minas Gerais desde a sua fundação, em 2008, sendo responsável pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos no cenário musical brasileiro. Construiu uma sólida carreira nos Estados Unidos, onde esteve quatorze anos à frente da Sinfônica de Jacksonville, foi regente titular das sinfônicas de Syracuse e de Spokane e conduz regularmente inúmeras orquestras. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela realizou concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Conduziu as principais orquestras brasileiras e também em países da Europa, Ásia, Oceania e das Américas. Em 2014, tornou-se o primeiro brasileiro a ser Diretor Musical de uma orquestra asiática, com a Filarmônica da Malásia. Mechetti venceu o Concurso de Regência Nicolai Malko e é Mestre em Composição e em Regência pela Juilliard School.

Vadim Gluzman dá vida à gloriosa tradição violinística dos séculos XIX e XX. O violinista israelense se apresenta regularmente com as principais orquestras e maestros do mundo, entre as quais destacam-se a colaboração com Tugan Sokhiev e a Filarmônica de Berlim, as sinfônicas de Boston e Chicago, as orquestras de Paris, Royal Concertgebouw, Cleveland e a Gewandhaus de Leipzig, e a Filarmônica de Londres. Gluzman é convidado regular em festivais internacionais, como Ravinia, Tanglewood, Grant Park, Colmar, e fundou o North Shore Chamber Music Festival em Chicago, junto com a pianista Angela Yoffe, sua esposa e parceira de recital. Vadim Gluzman tocou e gravou estreias de obras de Sofia Gubaidulina, Moritz Eggert, Giya Kancheli, Elena Firsova, Pēteris Vasks, Michael Daugherty e Lera Auerbach. Compromissos futuros incluem a estreia mundial de um novo concerto para violino de Erkki-Sven Tüür, ao lado das sinfônicas da Rádio de Frankfurt e de Gotemburgo, e o Concerto Duplo, de Joshua Roman, com a Orquestra de Câmara ProMusica Columbus.

Programa de Concerto

O Moldávia | SMETANA

Smetana deixou um legado tão significativo que fez da escola tcheca continuamente fecunda, ao contrário de outras correntes nacionais (como a húngara), que sofreram um eclipse, até se renovarem pelos ares do século XX. De sua música sinfônica, sua obra-prima é sem dúvida o ciclo de seis poemas sinfônicos intitulado MaVlast (Minha Pátria), dentre os quais destaca-se o segundo: Vltava, mais conhecido pelo seu nome em alemão: Die Moldau (O Moldávia). Em O Moldávia, o próprio rio de mesmo nome é o mote do compositor, que o pinta desde suas nascentes, passando por suas corredeiras até o seu desaguar no rio Elba. A obra é, sem dúvida, uma das obras mais conhecidas e executadas de Smetana. Com razão! Ele é uma bela amostra das origens dessa Escola Nacional que ainda hoje mantém frescor e fecundidade.

As sinfonias de Brahms foram concebidas sob o signo do paradoxo. Nelas, o compositor verte a alma romântica que perpassa sua extensa produção de canções, sem deixar de lado a missão que se impôs de dar seguimento à longa tradição sinfônica, representada por Schumann, Schubert e, em seu caso particular, por Beethoven. Por isso, suas quatro obras do gênero não representam números a mais: são criações individuais, fruto de uma elaboração longa e cuidada. Sua orquestra explora uma técnica instrumental em desenvolvimento, como podemos observar nesta Terceira, levando os violinos ao registro extremo-agudo, ou dando relevo, como no terceiro movimento, a melodias entregues às trompas. Além disso, em diversas passagens, a orquestração de Brahms mostra uma rara habilidade na transposição de uma escritura pianística. Há ainda outras particularidades que chamam atenção, como o fato de que todos os movimentos terminam em dinâmicas suaves. Por outro lado, impossível não apreciar a cantilena singela que abre o segundo movimento, ou mesmo não reter melodias como a abertura do terceiro. Melodias que, diga-se de passagem, exemplificam um dos aspectos mais ricos e pregnantes das obras de Brahms. A forma fica apenas como referência. O todo da composição fica como um testemunho do rigor que, paradoxalmente, não impediu o exercício da liberdade.

Beethoven escreveu o seu Concerto para violino a pedido do violinista Franz Clement. Menino prodígio, Clement há muito já circulava pela Europa na companhia de seu pai. Sua extraordinária memória o ajudou em seu primeiro contato com a obra, em dezembro de 1806. O relato contido no livro “Life of Beethoven”, de Alexander Wheelock Thayer, informa que um contemporâneo observou “que Clement fez um solo ‘a vista’, ou seja, sem ensaio prévio”. Ainda que o relato seja dotado de um certo exagero, trata-se de uma ação com extraordinária dificuldade. O concerto foi inovador em sua concepção, pois confere ao solista e à orquestra papéis equivalentes. Os atributos virtuosísticos do violino são usados para iluminar a expressividade do discurso orquestral.

14 mar 2024
quinta-feira, 20h30

Sala Minas Gerais

15 mar 2024
sexta-feira, 20h30

Sala Minas Gerais
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